Ilustração por

Sobre contos e pespontos

Entre um conto e outro, alguns pespontos. Preciso dos pespontos para manter o principal equilibrado e firme. Preciso todo o tempo... Aprendi a pespontar quando a minha mãe me ensinou a fazer flores. Não, não se aprende a pespontar quando se faz flores. Essas apenas me lembram a minha mãe que me ensinou a pespontar os arranjos que a vida nos dá.



quinta-feira, 2 de junho de 2011

MAIS UM BEIJO... E, TIAL!

fotografia, por SCG




Queridos,

Creio que vocês perceberam que eu me despedi por várias vezes, mas, confesso, isso é mal de família. Lá em casa, temos o hábito de despedidas sem fim: um beijo, tial, dois beijos, três, quatro, agora vou mesmo, mais beijo, tapinha nas costas, ah! me esqueci de dizer..., mais beijo, juízo, hem?, e a gente vai e volta até à porta.

Estou aqui para dar o último beijo, smack!, sentiram aí?

Fui ali. Fui ser mais feliz, mais feliz porque isso é estado de espírito e o meu é sorriso só. Aproveito que vou ali e regulo a máquina do tempo, lavo umas roupas sujas na beira do rio, esqueço, esqueço, esqueço, será que repetindo e repetindo dá certo? Eu tento, eu sempre tento. Vou ali ser feliz, perder a hora, o juízo, não sou de ferro, vou voar, navegar, passear, tomar Sol, bastante, até torrar, não se preocupem, eu uso protetor solar inclusive à noite. Disseram-me outro dia que cheiro a 'sunscreen', isso me deixou intrigada, preocupada, fiquei pensando, pensando... será que cheirar a protetor solar é bom?

Mais um beijo... com cheiro de 'sunscreen' ou não,  e o meu olhar saudoso, de tudo que vivi aqui. Foi bom, não foi? (Rs!)


Até setembro!


Smack!, de novo.